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Capítulo 11 - Nájera / Santo Domingo de la Calzada

  • alexnoguchi2
  • May 31
  • 3 min read

Updated: Sep 19

31/maio/2025


Posso dizer que hoje foi o dia menos difícil de caminhada, pois foram “apenas” 20km. Consegui acompanhar o Guy e a Zuzana (descobri ontem que o nome dela é com “z” 🤦) até a cidade de Azofra, onde compramos frutas e sanduíche. Depois fiquei para trás, com um ritmo bom, mas um pouco mais lento que o deles. Até cheguei a passá-los em Cirueña, mas parei para comer o sanduíche e me hidratar. Quando cheguei em Santo Domingo de la Calzada estava 29º C e cabe ressaltar que havia zero sombra no caminho.


Nenhum sinal de sombra
Nenhum sinal de sombra

Aqui vou detalhar um evento que me aconteceu no final da etapa. Havia um casal chato de espanhóis que estava gritando e brigando na minha frente. Eles pararam para discutir e eu os passei achando que estava livre do espetáculo lamentável. O sujeito então, muito sabiamente (ironia), saiu correndo para fugir da briga e me passou. Ela não se fez de rogada e correu atrás dele e ambos voltaram a brigar na minha frente.😩 Eu os passei novamente e cinco minutos depois a cena se repetiu. 🤦 Ainda bem que foram apenas 2 vezes. Eles pararam de brigar quando viram que estávamos chegando na cidade de Santo Domingo de la Calzada. Essa visão da cidade se aproximando dá um alívio que só os peregrinos entendem. Meu corpo inteiro pedia por descanso. Antes de fazer check-in no albergue eu passei em uma farmácia que havia no caminho e comprei mais compeeds, anti-séptico e esparadrapo para as bolhas. Já perdi a conta de quanto gastei em farmácia aqui.


A cidade de Santo Domingo de la Calzada ao fundo
A cidade de Santo Domingo de la Calzada ao fundo

Quando cheguei no albergue quase chorei com a quantidade de gente e a bagunça da fila. Sentei no chão gelado para me refrescar um pouco e comecei a ligar para os hotéis próximos procurando por um quarto. Pedi por uma suíte particular (afinal eu mereço, né), paguei 45 euros e estou muito feliz. O lugar não é nenhum luxo, mas tem banheiro privativo, box no chuveiro (até agora eram todos tinham aquela cortina que gruda no corpo durante o banho), TV para ver a final da UCL (PSG vs Inter) e ar-condicionado.


Tomei um banho bem demorado, lavei bem minhas bolhas e tirei uma soneca. Acordei por volta das 4:30pm porque o celular que estava na minha barriga tremeu. Resolvi sair para “almoçar” sozinho  porque queria comer comida local. Achei um restaurante de Paella que parecia bom. Pedi uma e mandei no grupo de WhatsApp. Depois de uns 15 minutos apareceram a Zuzana e o Guy. Comemos juntos e tudo estava muito gostoso. Também bebi uma cerveja enquanto eles beberam vinho. Depois fomos até a quitanda porque o Guy precisava de um intérprete para comprar melancia (sandia em espanhol).


Os camaröes estão escondidos embaixo do arroz
Os camaröes estão escondidos embaixo do arroz

Eu os deixei e fui procurar algum bar com telão para ver a final da UCL. Não encontrei nada porque estava tudo fechado (sábado). Acho que vou ver o jogo no meu quarto, que tem TV. 😀


Como estou pensando em despachar minha mochila para a próxima etapa fiz reserva em um albergue em Belorado. Por incrível que pareça tem até piscina. Aposto que vai estar lotada amanhã. Eu gosto de chegar no local e já ter minha reserva pronta. Economiza o precioso tempo de procurar hospedagem quando você está cansado. O pessoal do grupo reclama comigo pois eles gostam de juntar todos no mesmo lugar.


A turma agora está reunida no albergue para fazer panquecas com bacon e ovos.  Eu educadamente declinei. É muita gordura para um final de dia. Agora estou na cama escrevendo o blog mais cedo para poder ver o jogo. ⚽️


Amanhã temos 23km até Belorado, com previsão de chuva. Acho até melhor assim porque, segundo o gronze.com, novamente há poucas áreas com sombra no caminho. Além disso, eu finalmente vou poder usar a capa de chuva que comprei. Ela não é leve (cerca de 300g) e ainda não foi nada útil.


A capa e o saco de dormir são dois pesos mortos na minha mochila. Todo lugar oferece aquela capinha descartável para forrar a cama e o travesseiro. Só usei o saco uma vez como cobertor. Também posso dizer que não precisava trazer o fleece (jaqueta peluda). Apenas o anorak (tipo corta vento) era suficiente no único trecho frio que foi nos Pirineus. Só não deixei o fleece para trás porque ganhei de aniversário mês passado.


Até amanhã! Buen Camino!


“Alejandro”
“Alejandro”


Obs: a música tema do capítulo é trilha sonora de um dos meus filmes favoritos, “Águia de aço”. A letra combina bem com o momento que estou passando. "Never say die!"


 
 
 

1 Comment


J N
J N
Jun 01

Está passando protetor solar?

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